sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Fonix!!!

Olha o que !!!


Era nestas alturas que eu gostava de ter um



para não ter de andar de !!


Mas só precisava primeiro de tirar a carta

de condução!!!



Aceitam-se ;D


ADENDA:

Quem não não !!!


Trouxeram-me a ! :D :D :D

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Disseste romântica??...



optei pela versão legendada porque não percebo corno de chinês mas, por isso mesmo, também não sei se está bem traduzido :D

Digam lá se este video não é de ir às lágrimas...

Já sei, ok!! No fundo, bem lá no fundo... eu sou é uma romântica ;)

Ai ai, para o que me havia de dar hoje!! :D

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Aprendendo...




Apesar de andar por aqui há uns aninhos e de já ter alguma experiência de vida, há pessoas que continuam a surpreender-me. E isso seria muito bom, se não fosse pela negativa!


A sua forma de estar na vida - para mim, totalmente incorrecta. A sua maneira de utilizar os outros em proveito próprio - sem olhar a meios para atingir fins. O não saber assumir que erram, quando errar é humano e perfeição não existe. O falarem muito alto e representarem constantemente, como se tudo de um teatro se tratasse. As palavras que pronunciam, que transmitem sentimentos - amar, gostar, amizade, cumplicidade (e tantas outras) - e que não percebem que não fazem qualquer sentido quando nem se conhece um olhar, um rosto, uma expressão, uma voz... uma alma. As expectativas que criam aos mais influenciáveis. Aos que continuam a acreditar no ser humano e no seu bom coração. Aos que procuram alguém único e especial...


Tudo isso me irrita e desprezo essa gente que não tem quaisquer princípios e respeito pelo próximo - que sou eu, que és tu, que somos todos nós!!


Agradeço o que a vida me tem ensinado! Todos os obstáculos que vou encontrando no meu caminho, tenho conseguido ultrapassá-los, não sem sofrimento, mágoa ou até mesmo desilusão. Mas, acreditem, estou mais forte e ainda bem que assim é!!

(Existe apenas um senão. Por vezes, tornamo-nos frios para quem não merece...)


Quanto mais conheço os outros, mais gosto de mim!!


E só me falta dizer apenas mais uma coisinha... NÃO ME SUBSTIMEM!!!

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

O Português é belo


Não te amo mais.
Estarei mentindo dizendo que
Ainda te quero como sempre quis.
Tenho certeza que
Nada foi em vão.
Sinto dentro de mim que
Você não significa nada.
Não poderia dizer jamais que
Alimento um grande amor.
Sinto cada vez mais que
Já te esqueci!
E jamais usarei a frase
EU TE AMO!
Sinto, mas tenho que dizer a verdade
É tarde demais...
Clarice Lispector
Este poema é fantástico porque pode ser lido no sentido inverso, ou seja, de baixo para cima. A criatividade da escritora sempre presente, o que a torna uma das minhas poetisas preferidas :)

domingo, 25 de janeiro de 2009

Eu que sou viciada... Assim até tinha pena...



Tenham um bom domingo! ;)

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Este sono...



Este sono que não me larga!...



Eu adoro dormir!... E não há nada a fazer!... Li aqui algo que me levou a pensar...



Será que me devo preocupar?!... ;)




quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Uma Voz na Pedra


Não sei se respondo ou se pergunto.
Sou uma voz que nasceu na penumbra do vazio.

Estou um pouco ébria e estou crescendo numa pedra.
Não tenho a sabedoria do mel ou a do vinho.
De súbito, ergo-me como uma torre de sombra fulgurante.
A minha tristeza é a da sede e a da chama.
Com esta pequena centelha quero incendiar o silêncio.
O que eu amo não sei. Amo. Amo em total abandono.
Sinto a minha boca dentro das árvores e de uma oculta nascente.
Indecisa e ardente, algo ainda não é flor em mim.
Não estou perdida, estou entre o vento e o olvido.
Quero conhecer a minha nudez e ser o azul da presença.
Não sou a destruição cega nem a esperança impossível.

Sou alguém que espera ser aberto por uma palavra.

António Ramos Rosa

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Não entendo...

Não entendo.
Isso é tão vasto que ultrapassa qualquer entender.
Entender é sempre limitado.
Mas não entender pode não ter fronteiras.
Sinto que sou muito mais completa quando não entendo.
Não entender, do modo como falo, é um dom.
Não entender, mas não como um simples de espírito.
O bom é ser inteligente e não entender.
É uma benção estranha, como ter loucura sem ser doida.
É um desinteresse manso, é uma doçura de burrice.
Só que de vez em quando vem a inquietação: quero entender um pouco.
Não demais: mas pelo menos entender que não entendo.

Clarice Lispector

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Devia morrer-se de outra maneira


Devia morrer-se de outra maneira.
Transformarmo-nos em fumo, por exemplo.
Ou em nuvens.
Quando nos sentíssemos cansados, fartos do mesmo sol
a fingir de novo todas as manhãs, convocaríamos
os amigos mais íntimos com um cartão de convite
para o ritual do Grande Desfazer: "Fulano de tal comunica
a V. Exa. que vai transformar-se em nuvem hoje
às 9 horas. Traje de passeio".
E então, solenemente, com passos de reter tempo, fatos
escuros, olhos de lua de cerimónia, viríamos todos assistir
a despedida.
Apertos de mãos quentes. Ternura de calafrio.
"Adeus! Adeus!"
E, pouco a pouco, devagarinho, sem sofrimento,
numa lassidão de arrancar raízes...
(primeiro, os olhos... em seguida, os lábios... depois os cabelos... )
a carne, em vez de apodrecer, começaria a transfigurar-se
em fumo... tão leve... tão sutil... tão pólen...
como aquela nuvem além (vêem?) — nesta tarde de outono
ainda tocada por um vento de lábios azuis...

José Gomes Ferreira

domingo, 18 de janeiro de 2009

Nos braços do Anjo

Estes últimos dias foram estranhos. Como este sentir que ficou. Mistura de vazio, tristeza e ausência. Partiste com serenidade... disseram.
Finalmente tudo acabou... posso despir a coragem, a força para não chorar e deixar-me ir ao sabor das minhas emoções.
Acredita que estou feliz por ter sido breve o teu sofrimento final! Seria egoismo meu querer o contrário... que ficasses!! Nada poderia melhorar... não merecias isso!!
Só este nó na garganta...
Este aperto no peito...
Este grito sufocado...
Esta saudade...
É que teimam em ficar!
Um dia vamos nos encontrar...
Amo-te... estarás sempre no meu coração!!

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Problema De Expressão


Só pra dizer que te Amo,
Nem sempre encontro o melhor termo,
Nem sempre escolho o melhor modo.

Devia ser como no cinema,
A língua inglesa fica sempre bem
E nunca atraiçoa ninguém.

O teu mundo está tão perto do meu
E o que digo está tão longe,
Como o mar está do céu.

Só pra dizer que te Amo
Não sei porquê este embaraço
Que mais parece que só te estimo.

E até no momento em que digo que não quero
E o que sinto por ti são coisas confusas
E até parece que estou a mentir,
As palavras custam a sair,
Não digo o que estou a sentir,
Digo o contrário do que estou a sentir.

O teu mundo está tão perto do meu
E o que digo está tão longe,
Como o mar está do céu.

E é tão difícil dizer amor,
É bem melhor dizê-lo a cantar.
Por isso esta noite, fiz esta canção,
Para resolver o meu problema de expressão,
Pra ficar mais perto, bem mais de perto.
Ficar mais perto, bem mais de perto.

Clã

Simplesmente adoro esta música... Linda... Linda...
Nem sei bem porquê...


quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Alma...



Minha alma tem o peso da luz.
Tem o peso da música.
Tem o peso da palavra nunca dita, prestes quem sabe a ser dita.
Tem o peso de uma lembrança.
Tem o peso de uma saudade.
Tem o peso de um olhar.
Pesa como pesa uma ausência.
E a lágrima que não se chorou.
Tem o imaterial peso da solidão no meio de outros.

Clarice Lispector
... O meu outro eu... o reflexo do espelho...

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Não posso adiar o amor


Não posso adiar o amor para outro século
Não posso
Ainda que o grito sufoque na garganta
Ainda que o ódio estale e crepite e arda
Sob montanhas cinzentas
E montanhas cinzentas
Não posso adiar este abraço
Que é uma arma de dois gumes
Amor e ódio

Não posso adiar
Ainda que a noite pese séculos sobre as costas
E a aurora indecisa demore
Não posso adiar para outro século a minha vida
Nem o meu amor
Nem o meu grito de libertação

Não posso adiar o coração

António Ramos Rosa

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Desejo...

Tristeza. Impotência. É o que sinto perante o sofrimento e a dor de alguém que tanto adoro. Já sofreste tanto com esta doença que não sei se vais aguentar esta nova recaída. Foi um choque tremendo quando hoje te vi deitado naquela cama. Tão magro... tão triste... tão perdido! Que mágoa tão grande para nós, teus filhos, não podermos fazer nada para te ajudar... para te aliviar... para te curar...

Será o princípio do fim?! Se sim... que seja rápida a tua partida... não mereces sofrer assim...

Desejo o que for melhor para ti...

Amo-te... muito... muito...



quarta-feira, 7 de janeiro de 2009


A maior aventura de um ser humano é viajar,
e a maior viagem que alguém pode empreender
é para dentro de si mesmo.
E o modo mais emocionante de realizá-la é ler um livro,
pois um livro revela que a vida é o maior de todos os livros,
mas é pouco útil para quem não souber ler nas entrelinhas
e descobrir o que as palavras não disseram...

Augusto Cury

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Rifa-se um coração (quase novo)


Rifa-se um coração quase novo.
Um coração idealista.
Um coração como poucos.
Um coração à moda antiga.
Um coração mole que que insiste em pregar peças no seu usuário.
Rifa-se um coração que na realidade
está um pouco usado, meio calejado, muito machucado
e que teima em alimentar sonhos, e cultivar ilusões.
Um pouco inconsequente
que nunca desiste de acreditar nas pessoas.
Um leviano e precipitado,
coração que acha que Tim Maia estava certo
quando escreveu... "não quero dinheiro,
eu quero amor sincero, é isso que eu espero...".
Um idealista...
Um verdadeiro sonhador...
Rifa-se um coração que nunca aprende.
Que não endurece,
e mantém sempre viva a esperança de ser feliz,
sendo simples e natural.
Um coração insensato que comanda o racional
sendo louco o suficiente para se apaixonar.
Um furioso suicida que vive procurando relações
e emoções verdadeiras.
Rifa-se um coração que insiste
em cometer sempre os mesmos erros.
Esse coração que erra, briga, se expõe.
Perde o juízo por completo em nome de causas e paixões.
Sai do sério e, às vezes revê suas posições
arrependido de palavras e gestos.
Este coração tantas vezes incompreendido.
Tantas vezes provocado. Tantas vezes impulsivo.
Rifa-se este desequilibrado emocional que,
abre sorrisos tão largos que quase dá pra engolir as orelhas,
mas que também arranca lágrimas e faz murchar o rosto.
Um coração para ser alugado,
ou mesmo utilizado por quem gosta de emoções fortes.
Um órgão abestado
indicado apenas para quem quer viver intensamente e,
contra indicado para os que apenas pretendem passar pela vida
matando o tempo, defendendo-se das emoções.
Rifa-se um coração tão inocente
que se mostra sem armaduras e deixa louco o seu usuário.
Um coração que quando parar de bater
ouvirá o seu usuário dizer para São Pedro na hora da prestação de contas:
" O Senhor poder conferir", eu fiz tudo certo,
só errei quando coloquei sentimento.
Só fiz bobagens e me dei mal
quando ouvi este louco coração de criança
que insiste em não endurecer e, se recusa a envelhecer".
Rifa-se um coração, ou mesmo troca-se por outro
que tenha um pouco mais de juízo.
Um órgão mais fiel ao seu usuário.
Um amigo do peito que não maltrate tanto o ser que o abriga.
Um coração que não seja tão inconsequente.
Rifa-se um coração cego, surdo e mudo,
mas que incomoda um bocado.
Um verdadeiro caçador de aventuras que,
ainda não foi adoptado, provavelmente,
por se recusar a cultivar ares selvagens ou racionais,
por não querer perder o estilo.
Oferece-se um coração vadio, sem raça, sem pedigree.
Um simples coração humano.
Um impulsivo membro de comportamento até meio ultrapassado.
Um modelo cheio de defeitos que,
mesmo estando fora do mercado,
faz questão de não se modernizar, mas vez por outra,
constrange o corpo que o domina.
Um velho coração que convence seu usuário
a publicar seus segredos e, a ter a petulância
de se aventurar como poeta.

Clarice Lispector

sábado, 3 de janeiro de 2009

Pus o meu sonho num navio



Pus o meu sonho num navio
e o navio em cima do mar;
- depois, abri o mar com as mãos,
para o meu sonho naufragar

Minhas mãos ainda estão molhadas
do azul das ondas entreabertas,
e a cor que escorre de meus dedos
colore as areias desertas.

O vento vem vindo de longe,
a noite se curva de frio;
debaixo da água vai morrendo
meu sonho, dentro de um navio...

Chorarei quanto for preciso,
para fazer com que o mar cresça,
e o meu navio chegue ao fundo
e o meu sonho desapareça.

Depois, tudo estará perfeito;
praia lisa, águas ordenadas,
meus olhos secos como pedras
e as minhas duas mãos quebradas.

Cecília Meireles

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009


E um olhar perdido é tão difícil de encontrar
como o é congregar ventos dispersos pelo mar

Ruy Belo