segunda-feira, 27 de abril de 2009

Perdoem-me a ausência nos vossos blogues, mas é que tenho tido imenso trabalho e, também para ser sincera, o cansaço e a pouca disposição para tal, deixam-me à beira da preguiça e do nada fazer.

Prometo redimir-me em breve ;)

Deixo-vos esta citação de Miguel Sousa Tavares, que achei bastante curiosa e que nos leva a uma reflexão sobre o assunto:


Uma sociedade inteira vive mergulhada num mundo de facilidades e aparências, afogada em sms, mails, blogues e redes sociais, onde procura criar uma estranha forma de vida e de relacionamento humano, que garante o contacto e o sucesso imediato e dispensa o incómodo que é enfrentar a vida real, sem ser a coberto do anonimato ou do disfarce hipócrita, e sem ter de assumir as consequências dos seus actos nem o vazio de passar por aqui sem ter feito nada de útil para os outros.


Qual a vossa opinião?! :D

terça-feira, 21 de abril de 2009

Sísifo

Recomeça....


Se puderes
Sem angústia
E sem pressa.
E os passos que deres,
Nesse caminho duro
Do futuro
Dá-os em liberdade.
Enquanto não alcances
Não descanses.
De nenhum fruto queiras só metade.








E, nunca saciado,
Vai colhendo ilusões sucessivas no pomar.
Sempre a sonhar e vendo
O logro da aventura.
És homem, não te esqueças!
Só é tua a loucura
Onde, com lucidez, te reconheças...

Miguel Torga
Fotos: Olhares

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Porque...

são os olhos que dizem...


o que o coração sente...


nenhum outro [...] será igual... E T E R N O !!!

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Um pensamento algo confuso...


Por vezes, penso - estupidamente - que gostava que o vento me levasse e me deixasse em algum lugar, o que fosse certo para mim - aquele que eu sei que não existe - mas insiste em ser presença constante dentro de mim...



Esquecer...


Tudo o que quero e não tenho...
tudo o que tenho e não quero...
tudo o que sou e não fui... tudo o que fui e não sou...
o ser bom e o ser mau... o estar certo e o estar errado...

Mudança...



Por vezes, penso - estupidamente - que devia pensar
em nada pensar...


Fotografias: Olhares

terça-feira, 14 de abril de 2009

Amores proibidos



Onde está quem amamos quando amamos

outro corpo de fogo em movimento?

Pra que abismo corremos, pra que enganos,
quando as promessas são poeira ao vento?

De que matéria alheia mal tentamos
fugir quando a verdade mora dentro
de alguém a cujo céu nos entregamos
numa noite de sonho e de tormento?

Ainda somos humanos se traímos
por instinto um amor de tantos anos
e só àquele instante obedecemos?

Ainda somos humanos? Ou seremos
a febre que há no sangue quando vimos
de súbito morrer num corpo e vamos
em busca do inferno que merecemos?

Talvez por um momento então sejamos
sonâmbulos fantasmas do que fomos
reflectidos num espelho que não vemos

Ou talvez nesse corpo descubramos
a memória da alma que perdemos
pra sempre no momento em que transpomos
a fronteira dos gestos quotidianos
e ao sabor de um desejo destruímos
todas as intenções, todos os planos,
em nome dos prazeres mais supremos
na noite em que deixamos de ser donos
do nosso próprio corpo e abandonamos
angústias e remorsos e partimos
em busca da manhã que não sabemos

Onde está quem amamos quando somos
mais do que humanos? Mais? Ou muito menos?

Fernando Pinto do Amaral
Fotografia: Olhares


Ou somos tão egoístas que só nos amamos apenas a nós mesmos?!

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Porque entre o sim e o não é só um sopro,
entre o bom e o mau apenas um pensamento,
entre a vida e a morte só um leve sacudir de panos -




- e a poeira do tempo, com todo o tempo que eu perdi,
tudo recobre, tudo apaga,
tudo torna simples e tão indiferente.


Lya Luft
Foto: Olhares

terça-feira, 7 de abril de 2009

Apócrifo pessoano



O eu sentir quando penso
e pensar enquanto sinto
origina um labirinto
onde me perco e convenço
de que tudo é indistinto,

de que o mundo se organiza
desorganizadamente
nos recônditos da mente
como uma ideia imprecisa
que quando se pensa, sente

e quando se sente, pensa,
numa confusão total,
num processo irracional
em que se esfuma a diferença
entre o que é ou não real.

Dos meandros disso tudo
nasce apenas um desejo:
distinguir o que não vejo
e é talvez o conteúdo
deste infinito bocejo

a caminho não sei de onde,
à espera não sei de quê.
Quem me ouve? Quem me vê?
A vida não me responde
e afinal ninguém me lê.

Fernando Pinto do Amaral

Fotografia: Olhares

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Uma simples questão...

O que vês tu...




através de um olhar?!

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Nietzsche


É difícil viver com as pessoas porque calar é muito difícil



Torna-te aquilo que és




Só se pode alcançar um grande êxito quando nos mantemos fiéis a nós mesmos


Fotografias: Olhares