quinta-feira, 23 de junho de 2005

" Lembre-se de mim o tempo suficiente para que eu me torne uma memória"

Sozinha

Olho à minha volta e não vejo ninguém...
Sinto-me sozinha e perdida...
Em um caminho que não sei por onde seguir...
Que ironia do destino...
Eu sempre tão presente...
Sou agora presenteada com essa ausência...
Uma ausência que dói e machuca...
E preenche todos os espaços...
Gritando impiedosamente dentro de mim...
Ausência de pequenas palavras...
De um sorriso sincero...
Do abraço amigo que conforta...
E da mão estendida que acolhe...
Ausência de um olhar cúmplice...
E também da compreensão...
Da solidariedade e gratidão..
Ah...eu queria apenas...
Um alguém sincero...
Que não chorasse comigo...
Mas me ajudasse a secar as minhas lagrimas...
Que não sorrisse por mim..
Mas me fizesse sorrir...
Que não resolvesse os meus problemas...
Apenas me ajudasse a encontrar as soluções...
Que não sentisse a minha dor...
Mas que amenizasse essa dor dentro de mim...
Que não sofresse comigo...
Mas aliviasse o sofrimento que corre dentro de mim...
Que não falasse por mim...
Mas ouvisse o meu silêncio...
Que não vivesse por mim...
Mas me incentivasse a seguir em frente...
Fazendo-me sentir que não estou sozinha...

Patrícia Montenegro
"A tragédia ensina-nos a contemplar o sofrimento... a fim de reencontrar nele não nossa razão de viver, o que seria criminoso, mas nossa essência última e, com ela, a plena posse de nosso destino humano.
Só então teremos dominado o sofrimento imposto e incompreendido por meio do sofrimento compreendido e consentido; e imediatamente o sofrimento se transformará em alegria".

Roland Barthes

Sugestão

Antes que venham ventos e te levem
do peito o amor — este tão belo amor,
que deu grandeza e graça à tua vida —,
faze dele, agora, enquanto é tempo,
uma cidade eterna — e nela habita.
Uma cidade, sim. Edificada
nas nuvens, não — no chão por onde vais,
e alicerçada, fundo, nos teus dias,
de jeito assim que dentro dela caiba
o mundo inteiro: as árvores, as crianças,
o mar e o sol, a noite e os passarinhos,
e sobretudo caibas tu, inteiro:
o que te suja, o que te transfigura,
teus pecados mortais, tuas bravuras,
tudo afinal o que te faz viver
e mais o tudo que, vivendo, fazes.
Ventos do mundo sopram; quando sopram,
ai, vão varrendo, vão, vão carregando
e desfazendo tudo o que de humano
existe erguido e porventura grande,
mas frágil, mas finito como as dores,
porque ainda não ficando — qual bandeira
feita de sangue, sonho, barro e cântico —
no próprio coração da eternidade.
Pois de cântico e barro, sonho e sangue,
faze de teu amor uma cidade,
agora, enquanto é tempo.
Uma cidade
onde possas cantar quando o teu peito
parecer, a ti mesmo, ermo de cânticos;
onde posssas brincar sempre que as praças
que percorrias, dono de inocências,
já se mostrarem murchas, de gangorras
recobertas de musgo, ou quando as relvas
da vida, outrora suaves a teus pés,
brandas e verdes já não se vergarem
à brisa das manhãs.
Uma cidade
onde possas achar, rútila e doce,
a aurora que na treva dissipaste;
onde possas andar como uma criança
indiferente a rumos: os caminhos,
gêmeos todos ali, te levarão
a uma aventura só — macia, mansa —
e hás de ser sempre um homem caminhando
ao encontro da amada, a já bem-vinda
mas, porque amada, segue a cada instante
chegando — como noiva para as bodas.
Dono do amor, és servo. Pois é dele
que o teu destino flui, doce de mando:
A menos que este amor, conquanto grande,
seja incompleto. Falte-lhe talvez
um espaço, em teu chão, para cravar
os fundos alicerces da cidade.
Ai de um amor assim, vergado ao vínculo

de tão amargo fado: o de albatroz
nascido para inaugurar caminhos
no campo azul do céu e que, entretanto,
no momento de alçar-se para a viagem,
descobre, com terror, que não tem asas.
Ai de um pássaro assim, tão malfadado
a dissipar no campo exíguo e escuro
onde residem répteis: o que trouxe
no bico e na alma — para dar ao céu.
É tempo. Faze
tua cidade eterna, e nela habita:
antes que venham ventos, e te levem
do peito o amor — este tão belo amor
que dá grandeza e graça à tua vida.

Thiago de Mello

Ausência

Eu deixarei que morra em mim o desejo de amar os teus olhos que são doces
Porque nada te poderei dar senão a mágoa de me veres eternamente exausto.
No entanto a tua presença é qualquer coisa como a luz e a vida
E eu sinto que em meu gesto existe o teu gesto e em minha voz a tua voz.
Não te quero ter porque em meu ser tudo estaria terminado.
Quero só que surjas em mim como a fé nos desesperados
Para que eu possa levar uma gota de orvalho nesta terra amaldiçoada
Que ficou sobre a minha carne como nódoa do passado.
Eu deixarei... tu irás e encostarás a tua face em outra face.
Teus dedos enlaçarão outros dedos e tu desabrocharás para a madrugada.
Mas tu não saberás que quem te colheu fui eu, porque eu fui o grande íntimo da noite.
Porque eu encostei minha face na face da noite e ouvi a tua fala amorosa.
Porque meus dedos enlaçaram os dedos da névoa suspensos no espaço.
E eu trouxe até mim a misteriosa essência do teu abandono desordenado.
Eu ficarei só como os veleiros nos pontos silenciosos.
Mas eu te possuirei como ninguém porque poderei partir.
E todas as lamentações do mar, do vento, do céu, das aves, das estrelas.
Serão a tua voz presente, a tua voz ausente, a tua voz serenizada.

Vinícius de Moraes

domingo, 19 de junho de 2005

Eu sou apaixonada pela minha MÃE

Mãe carinhosa, mãe dengosa
Mãe amiga, mãe irmã
Mãe sem ter gerado é a mãe de coração
Mãe solidão,
Mãe de muitos, mãe de poucos
Mãe de todos nós,
Mãe das mães
Mãe dos filhos
Mãe-pai: duas vezes mãe
Mãe lutadora e companheira
Mãe educadora, mãe mestra
Mãe analfabeta, sábia mãe
Mãe dos simples e dos pobres
Mãe dos que nada têm e dos que tudo têm
Mãe do silêncio, mãe comunicação
Mãe dos doentes e dos sãos
Mãe dos que plantam e dos que colhem
Mãe de quem nada fez e de quem compra feito
Mãe de quem magoou e de quem perdoou
Mãe rica, mãe pobre
Mãe dos que já foram, mãe dos que ficaram
Mãe dos guerreiros e dos guerreados
Mãe que sorri, mãe que chora
Mãe que abraça e afaga
Mãe presente, mãe ausente
Mãe do sagrado, mãe da luz
Mãe de Jesus e mãe nossa.
MÃE, simplesmente MÃE!

sábado, 18 de junho de 2005

Não sei...

Não sei... se a vida é curta ou longa demais pra nós,
Mas sei que nada do que vivemos tem sentido,
Se não tocamos o coração das pessoas.
Muitas vezes basta ser:
Colo que acolhe,
Braço que envolve,
Palavra que conforta,
Silêncio que respeita,
Alegria que contagia,
Lágrima que corre,
Olhar que acaricia,
Desejo que sacia,
Amor que promove.
E isso não é coisa de outro mundo,
é o que dá sentido à vida.
É o que faz com que ela
não seja nem curta,
nem longa demais.
Mas que seja intensa,
verdadeira, pura...
Enquanto durar

A IDADE DE SER FELIZ

Existe somente uma idade para a gente ser feliz, somente uma época na vida de cada pessoa em
que é possível sonhar e fazer planos e ter energia bastante para realizá-los a despeito de todas as dificuldades e obstáculos.
Uma só idade para a gente se encantar com a vida e viver apaixonadamente e desfrutar tudo com toda a intensidade, sem medo nem culpa de sentir prazer.
Fase dourada em que a gente pode criar e recriar a vida à nossa própria imagem e semelhança e vestir-se com todas as cores e experimentar todos os sabores e entregar-se a todos os amores sem preconceito nem pudor.
Tempo de entusiasmo e coragem em que todo o desafio é mais um convite à luta que a gente enfrenta com toda a disposição de tentar algo NOVO, de NOVO e de NOVO, e quantas vezes for preciso.
Essa idade tão fugaz na vida da gente chama-se PRESENTE e tem a duração do instante que passa.

Mário Quintana

sexta-feira, 17 de junho de 2005

Aquelas Velhas Amizades

Eu já tive milhares de companheiros e colegas.
Dentre eles, fiz centenas de bons amigos.
Mas nem todas as amizades duraram.
Algumas pareciam sólidas como rochas,
mas não resistiram aos tempos e às circunstâncias.
Assim sobraram poucos amigos de infância,
pouquíssimos amigos de escola, poucos amigos de adolescência,
poucos amigos de juventude.
E pensar que a gente brincava todos os dias,
via-se todos os dias e não saia da casa um do outro...
De repente, outros afetos, outros amigos, outros interesses,
outro tipo de vida, longos anos de distância e mil
preocupações da vida nos afastaram totalmente.
Agora não sei onde andam e os que vejo aqui e
acolá são amigos de " Bom dia"...
Mas nada acontece.
A gente se respeita e se admira, mas a amizade
de infância, de juventude não volta.
Mudaram eles ou mudei eu?
Ou foi a vida que nos mudou a todos?
Restam algumas amizades fiéis que resistem a tudo...
O que sei é que fiz muitos amigos
e não conservei aquelas amizades.
De bons amigos que éramos,
somos hoje bons conhecidos
que se saúdam de passagem e se respeitam.
Às vezes nem isso.
Crescemos e nossa amizade ficou lá no passado.
E eu digo a mim mesmo:
" Feliz o homem que sabe cultivar sua roseira;
talvez não seja tarde...
Roseiras velhas também produzem
rosas lindas e viçosas.
Basta recultivá-las..."

Pe. Zezinho

quinta-feira, 16 de junho de 2005

Amigos

Um dia, quando eu era caloiro na escola, vi um miúdo da
minha turma a caminhar para casa depois da aula.
O nome dele era Kyle.
Parecia que estava a carregar os seus livros todos.
Eu pensei:
"Porque é que leva para casa todos os livros numa sexta-feira ?
Ele deve ser mesmo um marrão.
Como já tinha o meu fim-de-semana planeado (festas e um jogo de
futebol com meus amigos no sábado a tarde) encolhi os ombros e
segui o meu caminho. Conforme ia caminhando, vi um grupo de miúdos a
correr na direcção dele.
Eles atropelaram-no, arrancando-lhe todos os livros dos braços
e empurraram-no, de tal forma que ele caiu no chão.
Os seus óculos voaram, e eu vi-os aterrarem na relva a alguns metros
e onde ele estava. Ele ergueu o rosto e eu vi uma terrível tristeza nos
seus olhos.
O meu coração penalizou-se por ele. Então, corri até ele enquanto ele
gatinhava à procura dos óculos,
e pude ver lágrimas nos seus olhos.
Enquanto lhe entregava os óculos, eu disse: "Aqueles tipos são uns
parvos.
Eles deviam era arranjar uma vida própria". Ele olhou para mim e disse:
-Ei, obrigado! Havia um grande sorriso na sua face. Era um daqueles
sorrisos que realmente mostram gratidão. Eu ajudei-o a apanhar os
livros, e perguntei-lhe onde morava.
Por coincidência ele morava perto da minha casa, então eu perguntei
como é que nunca o tinha visto antes. Ele respondeu que antes
frequentava uma escola particular.
Conversámos todo o caminho de volta para casa, e carreguei-lhe os
livros.
Ele revelou-se um miúdo muito porreiro. Perguntei-lhe se queria
jogar futebol no Sábado comigo e com os meus amigos, ele disse que sim.
Ficamos juntos todo o fim-de-semana e quanto mais eu conhecia Kyle, mais
gostava dele.
E os meus amigos pensavam da mesma forma. Chegou a Segunda-Feira, e lá
estava o Kyle com aquela quantidade imensa de livros outra vez.
Parei-o e disse, "Diabos, pá, vais fazer o quê com os livros de novo?
Ele simplesmente riu e entregou-me metade dos livros.
Nos quatro anos seguintes Kyle e eu tornámo-nos melhores amigos.
Quando nos estávamos a formar começámos a pensar na faculdade. Kyle
decidiu ir para Georgetown, e eu ia para a Duke.
Eu sabia que seríamos sempre amigos, que a distância nunca seria um
problema.
Ele seria médico, e eu ia tentar uma bolsa escolar na equipa de futebol.
Kyle era o orador oficial da nossa turma.
Eu provocava-o o tempo todo por ele ser um C. D. F. Ele teve que preparar
um discurso de formatura. Eu estava super contente por não ser eu a subir ao
palanque e discursar.
No dia da Formatura eu vi Kyle. Ele estava óptimo. Era um daqueles tipos
que se encontram durante a escola. Ele estava mais encorpado e realmente tinha
uma boa aparência, mesmo usando óculos.
Ele saía com mais miúdas do que eu, e todas as raparigas o adoravam!
Às vezes eu até ficava com inveja. Hoje era um desses dias. Eu podia ver
o quanto ele estava nervoso por causa do discurso.
Então dei-lhe uma palmadinha nas costas e disse:
-Ei, rapaz, vais-te sair bem! Ele olhou para mim com aquele olhar (aquele
olhar de gratidão) e sorriu.
-Valeu, disse ele. Quando ele subiu ao oratório, limpou a garganta e
começou o discurso:
"A Formatura é uma época para agradecermos aqueles que nos ajudaram
durante estes anos duros.
Aos pais, aos professores, aos irmãos, talvez até a um treinador. Mas
principalmente aos amigos.
Eu estou aqui para lhes dizer ser um amigo para alguém é o melhor e que
se pode dar.
Eu vou-lhes contar uma história. Eu olhei para o meu amigo sem conseguir
acreditar enquanto ele contava a história sobre o primeiro dia em que nos conhecemos.
Ele tinha planeado suicidar-se naquele fim-de-semana. Contou a todos como
tinha esvaziado o seu armário na escola, para que a mãe não tivesse que
fazer isso depois de ele morrer, e estava a levar as suas coisas todas
para casa.
Ele olhou directamente no meus olhos e deu-me um pequeno sorriso.
"Felizmente eu fui salvo. O meu amigo salvou-me de fazer algo inominável".
Eu observava, com um nó na garganta, todos na plateia, enquanto
aquele rapaz popular e bonito contava a todos sobre aquele seu momento
de fraqueza. E vi a mãe e o pai dele a olharem para mim e a sorrir com
aquela mesma gratidão.
Até aquele momento eu nunca me tinha apercebido da profundidade do
sorriso que ele dirigiu naquele dia.
Nunca subestimes o poder das tuas acções. Com um pequeno gesto
podes mudar a vida de uma pessoa.
Para melhor ou para pior.
Deus coloca-nos a todos nas vidas uns dos outros para que tenhamos um
impacto um sobre o outro de alguma forma.
Procura o bem nos outros.

Amigos são anjos que nos deixam em pé quando as nossas asas têm
problemas e não se lembram de como voar.

Hoje é o dia certo

"Só existem dois dias no ano
em que nada pode ser feito.
Um se chama ontem e o
outro se chama amanhã,
portanto, hoje é o dia certo
para amar, acreditar, fazer
e principalmente viver."

Dalai Lama

terça-feira, 14 de junho de 2005

Sinto...

"Não sei o que falar
Não tem jeito de explicar...
Como se mergulhasse no gelo,
Sinto meu corpo doendo.
Mil furos à superfície da pele,
Mil cortes pelos quais não escorrem sangue.
Sinto-me fora do meu corpo,
Mas continuo o sentindo...
Continuo tonta,
Continuo machucada,
Mesmo assim sem sangue, escorrendo, se esvaíndo...
Sinto meu coração doendo.
Meu coração sendo consumido
De dentro para fora...
Sinto minha cabeça explodir.
Como se fosse demais para suportar...
Meus pensamentos voam
Minhas lembranças somem
Fantasias se criam...
Sonho com o desejado..."

domingo, 12 de junho de 2005

Amor sem sentido

Como se em brasas
Sinto meu coração queimar
Presa à esse amor sem sentido
Sem saber o porquê
De te amar sem motivos
Asas antes vivas
Agora jazem caídas
Nenhuma esperança
Nenhuma lembrança
Nem mera sensibilidade
Estátua de pedra
Chora no meu túmulo
Não sei o porquê
Estátua sangra meu mundo
O meu medo de ter medo
De ter medo de crer
Anjo caído olha por mim
Medo do destino, me faz sofrer
Porquê se mantém tão distante?
Porquê não passa comigo um instante?
Saudades da saudade, não sinto
Mas minha alma arde
Sinto meu coração se partir
Mil vezes
Aturdida com a realidade
Ai, esse amor sem sentido...

sexta-feira, 10 de junho de 2005

Solidão vista pelo Chico Buarque

Solidão não é a falta de gente para conversar, namorar, passear ou fazer sexo... isto é carência.
Solidão não é o sentimento que experimentamos pela ausência de entes queridos que não podem mais voltar... isto é saudade.
Solidão não é o retiro voluntário que a gente se impõe, às vezes, para realinhar os pensamentos... isto é equilíbrio.
Solidão não é o claustro involuntário que o destino nos impõe compulsivamente para que revejamos a nossa vida... isto é um princípio da natureza.
Solidão não é o vazio de gente ao nosso lado... isto é circunstância.
Solidão é muito mais do que isto.
Solidão é quando nos perdemos de nós mesmos e procuramos em vão pela nossa alma.

Amigas

"Há quem diga que mulheres quando são amigas ficam insuportáveis porque concordam sempre uma com a outra e não se desgrudam, que são fofoqueiras, que brigam, discutem, se desentendem, mas nunca deixam de ser amigas.A verdade é que é muito bom ter amigas. A cumplicidade, o carinho e a compreensão que pode acontecer entre duas mulheres é uma das coisas mais lindas que somos capazes de alcançar.A vida nos apresenta milhares de pessoas. E cada uma delas vem cumprir um papel connosco. Todas elas ficam na nossa memória, nos nossos hábitos, nas nossas fotos, nos nossos guardados... E no meio de tudo que se sente de dor ou de prazer.Eu tenho saudade de todas as amigas que já tive na vida, mesmo aquelas que me machucaram. E tenho saudades de mim mesma quando lembro de algumas amigas que já passaram pela minha vida:Aquela amiga desbocada que fala palavrão e só se mete em encrenca, mas faz você rir muito.Aquela outra que é chorona, aquela que critica você a cada cinco minutos, aquela nerd/cdf que sabe de tudo, e aquela melosa que gosta de abraçar e mandar recadinhos de amor. Aquela pra quem você conta absolutamente tudo, sente que foi entendida e sai aliviada.Aquela que te dá broncas e manda você parar de roer as unhas.Aquela que ri com você, mesmo quando não há motivo aparente.Aquela que te ajuda a sair de confusões.Aquela que passa com você os momentos mais gostosos da sua vida. E a que passa os momentos mais difíceis.Aquela que te abraça em silêncio e faz você chorar.Aquela que passa horas ouvindo o mesmo assunto quando você está apaixonada.Aquela que entende quando você a deixou pra ficar com seu namorado.E aquela outra que reclama da sua falta de atenção.Tem também aquela que apoia as suas loucuras. E a outra que reprime você em quase tudo.Aquela que só liga no dia do seu aniversário, e que mesmo assim te deixa super feliz.Aquela que parece sua mãe, e vive pra te dar conselho.Tem também aquela por quem você sente um carinho enorme desde a primeira vez que a viu. E aquela que você odiou no começo, mas que depois passou a amar.Aquela que te decepcionou horrores mas que você não imagina a vida sem ela.Aquela que te deu o conselho certo, que você não ouviu. Aquela que presenciou alguns micos que você já pagou, que segura seu braço quando você tropeça ou quando vai atravessar a rua sem olhar.Aquela que te irrita, mas que você adora.Aquela que defende você de tudo e de todos.Aquela que chora a sua dor.Aquela que era a mais chegada, mas sumiu e você nunca mais teve notícias.Tem aquela que é como uma irmã pra você.E tem também aquela especial, que é simplesmente aquela.Claro, os homens também sabem ser bons amigos. Também deixam óptimas lembranças. Mas nada é igual à amizade entre duas mulheres.Amigas abençoam a nossa vida.Digo, sem piscar, que a vida vale a pena por causa das amizades."

A td as minhas amigas. Às de agora e às de sempre. Um bj mto grande para as q deixei de ver, mas estarão sempre no meu coração. Fiquem bem amigas.

Saudade


Como sinto sua falta
Dói tanto!
Me vejo fora de meu corpo
Espectadora do meu próprio sonho
O vazio dentro de mim é tão grande
Sem noção do quanto
Me falta uma parte
Me sinto doente
Vítima de dores sem motivo
Me sinto tonta
Perdida no meu próprio mundo
No labirinto em que
Inconsciente me prendo
E onde consciente
Desejo permanecer
Sinto sua falta
Meu coração se quebra
Não sei se voltarei a te ver
Por quê você foi embora?"

Becca Isnard

sexta-feira, 3 de junho de 2005

Aqui... vou tentar!

Aqui vou tentar escrever tudo o que me vai na alma, tudo o que me apetece dizer e por vezes fica contido nalgum lugar à espera de encontrar a pessoa certa, o momento certo... alguém que eu sei que me entenda e que eu entenda até só pelo olhar. Aqui... vou tentar!