sexta-feira, 17 de junho de 2005

Aquelas Velhas Amizades

Eu já tive milhares de companheiros e colegas.
Dentre eles, fiz centenas de bons amigos.
Mas nem todas as amizades duraram.
Algumas pareciam sólidas como rochas,
mas não resistiram aos tempos e às circunstâncias.
Assim sobraram poucos amigos de infância,
pouquíssimos amigos de escola, poucos amigos de adolescência,
poucos amigos de juventude.
E pensar que a gente brincava todos os dias,
via-se todos os dias e não saia da casa um do outro...
De repente, outros afetos, outros amigos, outros interesses,
outro tipo de vida, longos anos de distância e mil
preocupações da vida nos afastaram totalmente.
Agora não sei onde andam e os que vejo aqui e
acolá são amigos de " Bom dia"...
Mas nada acontece.
A gente se respeita e se admira, mas a amizade
de infância, de juventude não volta.
Mudaram eles ou mudei eu?
Ou foi a vida que nos mudou a todos?
Restam algumas amizades fiéis que resistem a tudo...
O que sei é que fiz muitos amigos
e não conservei aquelas amizades.
De bons amigos que éramos,
somos hoje bons conhecidos
que se saúdam de passagem e se respeitam.
Às vezes nem isso.
Crescemos e nossa amizade ficou lá no passado.
E eu digo a mim mesmo:
" Feliz o homem que sabe cultivar sua roseira;
talvez não seja tarde...
Roseiras velhas também produzem
rosas lindas e viçosas.
Basta recultivá-las..."

Pe. Zezinho

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