Não posso adiar o amor para outro século
Não posso
Ainda que o grito sufoque na garganta
Ainda que o ódio estale e crepite e arda
Sob montanhas cinzentas
E montanhas cinzentas
Não posso adiar este abraço
Que é uma arma de dois gumes
Amor e ódio
Não posso adiar
Ainda que a noite pese séculos sobre as costas
E a aurora indecisa demore
Não posso adiar para outro século a minha vida
Nem o meu amor
Nem o meu grito de libertação
Não posso adiar o coração
António Ramos Rosa
12 comentários:
Que profundo....Adorei
Beijocas
Esmeralda
É lindíssimo este poema do Ramos Rosa.
Eu não só adorei como me identifico com o q li... Peço a tua autorização para postar o mesmo poema no meu blogue.
Volto aqui para ver a resposta.
Obrigada... Adorei mesmo.
Beijinhos
Lili
Mas podes sempre 'controlá-lo' até certo ponto... :)
Jokas Only :)
Subscrevo o poema.
Obrigado
Beijokas
Não se pode adiar nada... o Presente foi feito para ser vivido nesse momento e nada mais. Vive! :)
Beijinho :)
Liliane, não tens de me pedir autorização nenhuma. O poema não é meu. Apenas limito-me a publicar poemas com os quais me identifico, nada mais. Fico feliz que tenhas gostado da minha escolha!
Jinhos :)
Muito bom
:)))
O Amor é a única arma que possuímos, que podemos transportar mesmo junto ao coração sem sermos presos por isso! Não serve para amedrontar quem quer que seja, mas para encher de paixão quem procura ser feliz.
O amor engrandece a nossa auto-estima para ajudar quem nos rodeia a enfrentar a frieza com que a sociedade nos trata.
O Amor é simplesmente Amor! Que nos é oferecido porque fazemos por merecer. Ou calcorreamos toda uma vida desesperados para o encontrar!
Não adies...o sentir...não o prendas...
Doce beijo
:))
E aquilo que não pode ser dito
tem que ser escrito.
:)
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